O Rabino Shlomo Zagury trabalha há dois anos como shaliach no Beit Chabad de Belém. Por lá, realiza importantes tarefas na difusão do judaísmo e, claro, na apresentação de casais, essencialmente do público jovem.

O Rabino Zagury também é um dos shadchanim do Zivug.

Zivug – Rabino, pode nos descrever como é a sua atuação junto à comunidade judaica de Belém e quais as opções que sua entidade oferece?

Rabino Shlomo Zagury – Chegamos em Belém para trabalhar há pouco mais de dois anos.

Focar nos jovens, sempre foi algo importante para o Beit Chabad Belém. A ideia é acostumar as pessoas com um judaísmo que ofereça um clima aconchegante, fazendo de tudo para que todos se sintam em casa no Beit Chabad.

De maneira geral, os jovens querem estar com os jovens, por isso, muitas vezes, propomos noites exclusivas para eles. Mas aqui em Belém se faz de tudo um pouco: desde aula na escola para crianças pequenas, aula para bar-mitzvá, até aulas para adultos em suas residências, entre outras coisas.

Tento usar também meios modernos para divulgar a Torá, como nas mídias sociais e podcast. Baruch Hashem publico vídeos diários do Tania, mas isso é feito de maneira complementar a todo o trabalho presencial e corpo a corpo.

Belém tem uma comunidade judaica bem tradicional, talvez a mais antiga do Brasil. Como é o trabalho de manter essa “chama judaica” acesa?

Belém, de fato, pode ser considerada a comunidade mais antiga ininterrupta do Brasil. As pessoas aqui gostam muito das tradições, costumes e simpatias do judaísmo.

Quando você consegue usar esse carinho pelas tradições, como fósforos e faíscas para acender a fogueira toda do judaísmo, aí ela se mantém. Do contrário, os fósforos se apagam e as faíscas se acabam, sem deixar qualquer marca de brilho e luz.

Tentamos fazer isso através de muitos esclarecimentos, explicações tangíveis e uma certa dose de persistência.

Quais são, na sua opinião, os principais desafios para um (a) jovem judeu (ia)?

Os desafios aqui, são os desafios de uma pessoa que cresce dentro de um meio bastante ou totalmente não judaico.

A identidade judaica corre um risco grande de distorção ou de ficar guardada somente na casa da pessoa, ou só no coração. Não é fácil correr contra a correnteza, mas isso é sinal de vida.

A assimilação, com certeza, é o atual maior inimigo do povo judeu como um todo.

O sr. identifica obstáculos e preconceitos das pessoas na busca de um par? Quais seriam e como trabalhar com isto?

Infelizmente sim!

Ainda há muitos estigmas e mitos do que implica o casamento judaico, de maneira generalizada, e, particularmente, a abordagem da apresentação. Os jovens, principalmente, têm certa aversão para a apresentação, por vários medos e incertezas, que são fruto da falta de conhecimento e acesso a esses tipos de relacionamentos. Tudo isso, adicionados a uma influência negativa incontestável de filmes, séries e dos “tempos modernos” que vivemos.

O trabalho para reverter esse quadro não é fácil, na verdade é bastante desafiante. Por isso, procuramos investir em aulas com bate papo bem aberto sobre esses temas, além de conversas particulares.

O sr. gostaria de mandar uma mensagem?

Gostaria de parabenizar o Zivug, um projeto de extrema importância para a comunidade! Espero que cada vez mais pessoas aceitem serem ajudadas por esse grupo fantástico e que Hashem dê muita luz e inspiração para conseguirmos unir mais casais judeus.

O casamento no judaísmo é a união das almas, não só dos corpos. No projeto Zivug, você encontra pessoas que dedicam suas almas para causarem essa união.

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