Na tradição judaica, o namoro não existe com fins de entretenimento. Ele é reservado para homens e mulheres que estão, verdadeiramente, procurando sua alma gêmea.

E estamos falando de um “namoro” bem diferente dos que vemos por aí. Isso porque, a Lei Judaica proíbe que o casal fique junto sozinho ou se toque antes do casamento. Assim, o local ideal para os encontros é um espaço público ou semiprivado.

Parece algo radical, não é mesmo? Mas vamos entender por qual motivo D’us determinou que seja assim.

O sagrado livro do Zohar nos diz que, antes do casamento, o homem e a mulher são chamados de “duas metades de um mesmo corpo”, ou seja, são as metades de uma mesma alma.

No momento em que ocorre o matrimônio, essas duas metades se juntam e se transformam em uma só alma.

Sendo assim, no judaísmo, o casamento tem um significado muito profundo. Trata-se de uma união de almas, não uma união de corpos. A união de corpos será uma consequência do reencontro de duas metades de uma mesma alma.

Então, se você deseja saber se determinada pessoa é compatível com a sua personalidade e suas necessidades emocionais particulares, é totalmente errado fazer isso por meio do corpo.

Se a pessoa se apega apenas aos assuntos físicos, só consegue captar o lado exterior do seu parceiro, enquanto a sua alma fica desconhecida.

É por isso que a nossa sagrada Torá proíbe contatos físicos antes do casamento, para que o homem e a mulher entendam que a verdadeira união é feita por meio de uma junção de almas.

O intelecto antes da emoção

Para que o shiduch seja bem-sucedido, a mente precisa exercitar seu julgamento em uma área que, instintivamente, pertence ao coração.

É claro que o coração também deve estar envolvido. Porém, a mente seguindo cegamente o coração pode ser uma receita para o desastre.

Permita-se “apaixonar-se”, mas somente depois que sua alma decidiu que essa pode ser a pessoa certa para você.

Para tomar essa decisão, você precisa conhecer o outro, de verdade. E o casal só se conhece verdadeiramente conversando, procurando entender um ao outro, de forma intelectual e sentimental, não por meio de contato físico.

Sexualidade é uma parte bonita da vida, realmente um presente de D’us. Mas as relações sexuais devem acontecer na hora certa, com a pessoa certa.

D’us é o Engenheiro da humanidade. Foi Ele que nos ordenou sobre o casamento e nos ensinou a forma correta de conduzir isso.

Então, primeiro, é preciso ocorrer a união espiritual (o casamento religioso). Para, na sequência, haver a união física.

Quando se queimam etapas e a ordem das coisas é alterada, há uma grande confusão. Toda ordem que D’us colocou é revirada.

Receita para um casamento feliz e duradouro

Dizem nossos sábios que, quanto maior a distância antes do casamento, maior será a aproximação após o matrimônio.

Dessa forma, a melhor receita para uma união ser duradoura é não haver contato físico nenhum antes de celebrar a união.

Como já explicamos, a ligação vital entre duas pessoas se dá na compreensão espiritual, no que se refere ao intelecto, aos sentimentos profundos do coração, e isso é expresso por meio da fala e do pensamento, não por meio de contato físico.

Conhecemos histórias de pessoas que, antes do casamento, já se relacionavam fisicamente com o seu parceiro e não tiveram uma união duradoura, pois perceberam que toda a sua conexão era apenas uma atração corporal. E isso é algo temporário.

Cuidar para que o contato físico aconteça no momento certo, e não antes do tempo é, sem dúvida alguma, uma forma de melhorar a vida conjugal do casal.

Além disso, entender a ideia de que cada ser sozinho e incompleto é muito importante, pois dá a concepção correta de como se preparar para o casamento e a vida a dois.

Para uma pessoa alcançar a harmonia e a felicidade no matrimônio, deve sempre se lembrar que precisa de alguém que possa completá-la.

Tudo tem seu tempo 

Toda a energia e o potencial de um judeu devem ser canalizados para ações positivas. Isso inclui todas as áreas de sua vida, inclusive seu relacionamento íntimo.

Este é consagrado por meio do casamento judaico. Trata-se de um momento único e especial e, ao entender sua verdadeira dimensão, tanto o rapaz quanto a moça judia certamente saberão esperar para que sua intimidade seja compartilhada com a pessoa certa, no momento apropriado, e com as bênçãos de D’us.

Tudo tem seu tempo e a Torá nos ensina a respeitar esse período.

Isso proporciona respeito mútuo e disciplina que nos acompanharão durante toda a vida. Assim, o casal terá uma vida conjugal saudável, com amor e shalom bait (paz no lar).

Quando seguimos as palavras da Torá, temos a certeza de que D’us estará conosco na nossa união e garantirá a eternidade do casamento.

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